sábado, janeiro 24, 2009

Bestializados pela Televisão ou Por favor Desliguem este Troço!

Olá!

Já pensou em separar o que se vê de bom e de ruim na televisão? Você leitor, que não procura raciocinar sobre o que vale a pena assistir ou não, ou que sabe não tem informação suficiente para tal, ou ainda, quem sabe não quer nem saber, aqui vai uma dica: na maioria dos casos é melhor desligar a TV e ler um livro ou sair para explorar o mundo desconhecido fora da telinha. No livro embora sejam experiências de outras pessoas, você pode tirar as suas próprias conclusões sobre o assunto - não terá ninguém dizendo-lhe para fazer isso ou pensar aquilo. Mas o importante realmente é viver a vida, é ter as sua próprias experiências.
Sofrer, amar, odiar, chorar, sorrir, pensar por si, correr, pular e tantas outras atividades podem ser vivenciadas in vitae, e não olhando um aparelho eletrônico. A vida não é "dar a volta num balão", não pode ser ter tudo a ver com uma máquina de imposição, e, me desculpem, mas Plim-Plim era o Daniel Azulai no seu programa da TV-E, aonde se aprendia a fazer inúmeras coisas com o papel. Que saudades da Vila Sésamo, do Shazam e Sherife, do cinema nacional (que hoje vai mal das pernas como toda cultura do país), da música popular brasileira - e não falo aqui de cipiras e aches e esteriótipos que os valham, mas de músicos de verdade, que tranformem o som em algo novo, que tenham criatividade, que não sejam meros imitadores do que já foi feito. E os políticos, onde estão os revolucionários que enfrentaram a ditadura com a cara e a coragem. sem lenço e sem documento. Onde estão os idealistas, os cidadãos que participaram da passeata dos cem mil (hoje sem mil), da guerrilha armada. Será que tudo não passou de uma mera fantasia, de um sonho sonhado, ou impuseram o esquecimento nesse povo bravo e retumbante.
É preciso ter consciência para viver em sociedade. A democacia pregada, não é praticada por nenhum segmento da sociedade. Cada meio de comunicação informa aquilo que o dono quer. O jornalista não tenta transformar em texto útil o que escreve para não perder o emprego. É um autômato das regras vigentes no País. Os professores são mal preparados, os alunos alienados, os políticos safados ... chega!
Enfim, o ensino, primeiro, segundo e terceiro graus, que deveria formar pensadores, cidadãos transformadores da sociedade, ensinam aos jovens repetir o que existe no mercado. Assim, os aparelhos ideológicos de estado continuarão a manipular à todos. A moral, tão cobrada pela sociedade, não é praticada pela mesma. E os bestializados por ela acreditaram sempre na salvação pelo meio mais fácil: a aparição de um salvador que fará tudo pela sociedade, sem jamais a comunidade participar ativamente do processo.
Me desculpem os tolos, mas atuar em sociedade não é apenas trabalhar para, ao final do mês, receber um punhado de Real (leia-se irreal). Solidariedade, comunidade, fraternidade, são significantes sem significado, não são palavras mas bytes de memória perdida. E liberdade não é ter dinheiro para pagar as contas no fim do mês, ir à Paris, ou comprar um carro importado, ou, ainda, assinar TV por cabo. Liberdade é poder pensar, existir, não ser rotulado de nada, é, enfim, poder ser único no meio de uma massa compactada pela mídia.

Um abraço e até!

Um comentário:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.